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sábado, 21 de julho de 2012

Resenha Filme: Batman - O Cavaleiro das Trevas


Batman Begins terminava com Jim Gordon, recém promovido a tenente, conversando com Batman sobre como a presença do Homem-Morcego mudara as coisas. O policial comentava com o vigilante que que tudo estava muito bom, tudo estava muito bem, mas queria saber a respeito da escalada.
"-Escalada?
-Nós usamos semi-automáticas, eles arrumam automáticas. Nós usamos colete à prova de balas, eles arrumam munição perfurante. E você usa uma máscara..."
O diálogo terminava com Gordon entregando ao Batman o cartão de visitas de uma nova ameaça à segurança da cidade. Uma carta de baralho. Um curinga.
Demorou três anos e um filme brilhante (O Grande Truque) para que o defensor de Gotham começasse a investigar o novo vilão.
A maior parte do tabuleiro de Chritopher Nolan estava montado. Ele tinha seu Gordon (Gary Oldman), seu Alfred (Michael Caine), e o melhor Batman/Bruce Wayne já interpretado na telona (Christian Bale). Houve a troca de Rachel Dawes, saiu a sem graça Katie Holmes e entrou Maggie Gyllenhaal (Quase bonita de tão esquisita), e a adição esperta de Aaron Eckhart como Harvey Dent, que deixou todo mundo coçando a cabeça se seria possível que o filme tivesse dois vilões. Mas ficava a pergunta:
Quem daria vida ao Coringa?
Muita gente ainda guardava na memória a imagem de Jack Nicholson no papel do príncipe palhaço do crime, os fãs de quadrinhos, porém, em sua maioria acreditavam que dava pra fazer melhor. Aventaram-se na imprensa os nomes de Paul Bettany, Robin Williams e até Vincent Cassel para o papel do vilão, mas, para surpresa de todos, um jovem galã habituado a papéis de mocinho é quem usaria a maquiagem.
Heath Ledger, o caubói gay de Brockeback Mountain, pra quem muitos, muitos, muuuuitos fãs torceram o nariz.
O lance, porém, era confiar em Nolan, que ainda não havia desapontado a audiência.
E não seria dessa vez. Em julho de 2008 chegava aos cinemas o que viria a ser considerado o "O Poderoso Chefão" dos filmes de super herói: Batman - O Cavaleiro das Trevas.
A trama mostrava Bruce Wayne cada vez mais imerso em sua cruzada contra o crime em uma cidade de Gotham City que lutava para se erguer da sombra da corrupção e do medo.
Inspirados pelo cruzado encapuzado, cidadãos tentam lutar contra o mal, seja como vigilantes amadores usando o símbolo do morcego, seja como pessoas de bem trabalhando dentro da lei, como Jim Gordon, Rachel Dawes e o novo promotor público, Harvey Dent (Aaron Eckhart, muito bem), um homem tão obstinado e apaixonado em sua luta contra o crime quanto Bruce Wayne.
Entretanto, conforme a esperança crescia do lado dos virtuosos de Gotham, no submundo da cidade, onde os gangsteres e mafiosos começavam a se encolher por conta da ação do morcego, uma nova e tenebrosa sombra tomou a forma do Coringa (Ledger, ótimo, e agraciado com um Oscar póstumo por sua interpretação assustadora do Coringa).
O palhaço auto-intitulado agente do caos se apresenta aos criminosos de Gotham como a solução dos seus problemas, e promete destruir o Batman por um preço...
É enquanto Bruce Wayne, impressionado com o carisma e obstinação de Dent, reavalia seu futuro como vigilante mascarado e ousa sonhar com uma vida normal ao lado de Rachel Dawes que ele se vê face a face com uma nêmese que pode não ter como vencer a partir do momento em que o Coringa faz toda Gotham City sua refém, com um plano para destruir a virtude da cidade.
Incrível. Batman - Cavaleiro das Trevas não é nada menos do que incrível.
O elenco excelente do primeiro filme com os ótimos adendos de Gyllenhaal, que deu mais carisma e profundidade à Rachel Dawes, Eckhart, que achou o tom na medida para seu Harvey Dent e o óbvio destaque de Ledger, quase irreconhecível sob a maquiagem, voz e trejeitos do Coringa mais aterrador que o cinema já viu contam uma história sombria e poderosa sobre o peso de se fazer uma escolha e arcar com suas consequências.
No segundo filme de Christopher Nolan à frente da franquia do homem-morcego o diretor teve a voz e o tom que pareceu não ter encontrado em Batman Begins, entregando uma trama equilibrada, cheia de questionamentos e drama, mas também repleta da dose de ação e das sequências espetaculares que um filme de super-herói precisa, e deixando toda a plateia salivando de antecipação pelo terceiro filme.

"-Por que você quer me matar?
-Te matar? Por que eu te mataria? Você me completa!"

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