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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Rapidinhas do Capita


Hoje meu Orkut me disse: A Dança é a linguagem oculta da alma.
Descobri que minha alma é muda.
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Estava andando na rua, uma amiga e eu. Paramos junto ao cordão da calçada, esperando que o sinal abrisse e pudéssemos atravessar a rua. Nisso, assomou a figura de uma mãe dedicada e de seu filho. Um moleque elétrico em seus seis, quiçá sete anos. Nos poucos segundos em que ficamos ali, qguardando o bonequinho verde brilhante que diria para cruzarmos a avenida, o fedelho rodopiou, sentou no chão, arremessou seu boneco do Max Steel pra cima e o apanhou, arremessou de novo e deixou o brinquedo estabacar-se no chão, tudo sob as vistas complacentes de sua mãe que dignou-se unicamente a proferir alguns protesmtos lamurientos.
O sinal ficou vermelho, e os carros pararam. A mãe e o filho se puseram a atravessar, o moleque rindo e olhando em volta, atravessando em zigue e zague diante de sua mãe que tentava contê-lo.
Disse à minha amiga, enquanto sinalizava, para que esperasse que mãe e filho se adiantassem um ou dois passos:
-Deixa eles irem na frente que esse piá é meio retardado e eu não quero ele morrendo atropelado por que eu dei uma joelhada nele.
Ela me lançou um olhar fulminante, repleto de recriminação:
-Que horror, Rodrigo. Não se usa essa palavra. É uma criança... Especial.
Tive que me defender, o moleque não parecia portador de nenhuma síndrome de fato.
-Não foi o que eu quis dizer com "meio retardado". Não fiz um diagnóstico, só exercitei minha maldade.
O segundo olhar de minha amiga foi ainda pior que o primeiro, e nem sequer veio acompanhado de um discurso recriminador, apenas um "tsc" e o silêncio de quem desiste.
Mais feio do que usar expressões politicamente incorretas só mesmo admitir a própria falta de correção política.
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Hoje vi a meia mais sexy do mundo. Preta, cano médio, com a cabeça de um cachorrinho de pelúcia pendurada pelo lado de fora.
Lutei com bravura sobre-humana pra não me render aos meus instintos primevos e me jogar no chão beijando os tornozelos da moça que os usava enquanto rasgava minhas próprias roupas.
Esses fabricantes de vestuário de hoje em dia apelam, mesmo. Não sabem mais o que é pudor, francamente...

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