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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Rapidinhas do Capita


É um tempo turvo esse em que vivemos. Um tempo sombrio de degradação, me perdoem por usar essa expressão, moral. Mesmo quem não se considera conservador, acaba percebendo, vez por outra, que a humanidade de modo geral encontrou um vórtice puxando pra baixo, mais ou menos como aquele quando vai se esvaziar a banheira. E, o mais engraçado, é que parece que a imensa maioria está se divertindo ás ganhas com isso tudo.
O mais engraçado é perceber como as pessoas apontam o dedo acusador umas pras outras sem se preocupar em olhar para si próprias.
Todos estão ultrajados com a corrupção que assola o Brasil (E o mundo, manolada. Corrupção não é coisa apenas nossa.), todo o dia estoura algum escândalo na política. Querem jogar todo o lixo do mundo em cima da classe política brasileira. Beleza. Não sou eu que vou erguer minha voz pra defender vagabundo, nem passar algum tempo catando milho diante do teclado do computador pra tentar convencer alguém que os políticos brasileiros não são tão ruins, pois eles são.
Mas eu não posso deixar de me perguntar se isso tudo, no final das contas, não émais senão questão de escala. Afinal, todos nós, com o nosso pouco, em algum momento, somos corruptos. Daquele que come uma uva Dedo de Dama no supermercado áquele que oferece suborno a um policial na estrada, e o síndico que dá uma forcinha à empresa que se dispõe a reformar seu apartamento em troca do contrato de pintura do condomínio, passando pelo playboyzinho que baixa seis mil e quatrocentas músicas no E-mule. Será que esses, estando frente á fartura de possibilidades de desonestidade que um grande cargo público, fariam diferente da corja que lá está?
Ás vezes, nossos representantes e seus atos são apenas reflexos de nós mesmos.

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