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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Rapidinhas do Capita


Os três amigos contavam vantagem.:
-Meu filho é um engenheiro premiadíssimo, trabalha na OAS, e está tão rico que deu uma mansão de presente a um amigo. - Diz o primeiro.
-Isso não é nada - Faz pouco caso um segundo. -Meu filho é criador de cavalos e tem um haras que fornece garanhões para os maiores campeões do hipismo. Está indo tão bem que no último mês deu um cavalo a um amigo, o animal era tão bom que botava o Baloubet du rouet no chinelo.
O terceiro fez um som de escárnio e disse:
-E o meu filho, que administra a maior empresa de importação de veículos da américa? É tão rico que se deu ao luxo de presentear um amigo com um Phantom da Chrysler.
Ficaram os três em silêncio até que um quarto amigo apareceu. Os três exibidos não resistiram e foram logo perguntando:
-E tu, Walter? O que teu filho faz da vida?
-E garoto de programa. - Respondeu o Walter, resignado.
-Garoto de Programa? - Inquiriram os três exibidos em uníssono.
-Sim. Garoto de programa. Agrada bichas ricas sexualmente em troca de dinheiro.
-Puta merda - Disse um deles. - E tu aprova isso? Não te envergonha?
-Olha, tchê, - Disse o Walter. -Aprovar eu não aprovo, mas ele tá indo bem. Nesse último mês só de três clientes ele ganhou uma mansão, um cavalo premiado e um carrão importado.


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Eu adoro RPG. Comecei a jogar RPG com cerca de 14 anos de idade. Jogava as versões mais simples, tipo First Quest, um D&D pra gente lenta que vinha com livrinho, miniaturas, dados e fichas de personagens prontas.
Achei maneiro. Peguei gosto pela coisa.
Joguei AD&D, AD&D 2º edição, joguei e jogo AD&D 3.5, joguei e jogo Star Wars SAGA, joguei O Senhor dos Anéis CODA, joguei Vampiro - A Máscara e Lobisomem - O Apocalipse, jpguei Call of C'thullu, tentei jogar Gurps, RPGs genéricos em Live Action e até Defensores de Tóquio.
De alguns gostei muito, de outros gostei pouco, e de alguns sequer gostei. Mas não saí mais da mesa. Tenho muitos amigos que jogam a anos, e que jogaram na adolescência e depois pararam, e posso dizer que entendo um pouco de RPG e RPGistas.
E tenho que dizer que se há algo que me incomoda com relação ao RPG, é o rótulo de maluco que insistem em colar em quem joga. Nunca entendo porque ligam o RPG a gente pirada.
A maioria das pessoas com quem joguei não se vestiam de preto, não matavam os amigos jogando Live Action, e jogavam RPG no começo da tarde e à noitinha iam pro parque jogar futebol...
Claro, conheci pessoas que se diziam RPGistas mas que eram, na verdade, fanáticos bitolados incapazes de separar o jogo da vida real, mas a proporção era ínfima.
Nem todo o RPGista é um assassino serial em potencial. Se a generalização é errada em toda parte, porque no RPG seria diferente?
Mães e pais do mundo, não impeçam seus filhos de jogar RPG, e nem proibam suas filhas de namorar RPGistas.
Nem todos nós somos malucos, na verdade, a maioria de nós são bem legais.

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Eu adoraria dizer que foi um lapso. Mas estaria mentindo.
Na verdade, é um hábito. Inclusive é um hábito bem agradável, diga-se de passagem.
Não sei deixar passar uma oportunidade de tentar te fazer sorrir.

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