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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Resenha Cinema: Homens de Preto III



Não há feriado glacial o suficiente pra me segurar em casa o dia inteiro (Mentira.). Toda a vez que eu acho que está frio demais, e me convenço que que é mais legal ficar em casa jogando video game embaixo do edredon com o meu cachorro eu me lembro de fevereiro, e das temperaturas de quarenta e três graus à sombra, e aí, aí eu saio e nem coloco cachecol (verdade.). Foi o que eu fiz hoje. Por volta de dez pras oito da noite comecei a pensar em usar aquele ingresso grátis de cinema que ganhei do GNC depois de eles interromperem a sessão de Os Vingadores na inauguração do cinema por três vezes e nem sequer passarem a cena pós créditos do filme. Eu a teria usado pra ver Os Vingadores na sexta passada, mas, apesar de o filme que eles não me deixaram ver de maneira completa ser em 3-D, o ingresso cortesia deles era válido apenas para sessões em 2-D tradicional. Então, não me restou muita alternativa exceto me deslocar a passos rápidos até o shopping Praia de Belas e assistir a esse Homens de Preto III que, confesso, não estava na lista de filmes que eu mais queria ver no ano.
Não por causa do primeiro filme, lá do distante ano de 1997, que adaptava um quadrinho obscuro, se não me falha a memória da Malibu Comics, e misturava de maneira muito palatável comédia, ficção científica e aventura colocando lado a lado os astros Will Smith e Tommy Lee Jones como os agentes J e K da agência hiper secreta que protegia a Terra da escória alienígena do universo sob a direção de Barry Sonnenfeld.
Não... Definitivamente não era por causa do divertidíssimo MIB que eu estava reticente com essa terceira parte. O problema era a sequência de 2002, MIIB, ou Homens de Preto 2, equivocada aventura espacial que reunia os agentes do primeiro longa numa história que era, grosso modo, a repetição do primeiro filmes apenas alterando os papéis de pupilo e mentor entre um desmemoriado K e J.
O filme de amarga lembrança não tinha um roteiro decente pra justificar a sucessão de efeitos visuais de causar convulsão em moleque japonês, e nem mesmo se dignificava a ser uma Sessão da Tarde decente.
Esse era meu medo com relação à terceira incursão dos Homens de Preto ao celuloide.
Por sorte esse terceiro longa não incorre novamente nos erros do antecessor, e, mesmo sem ser um grande filme (Looooonge disso), ao menos soa mais honesto do que MIIB.
Na trama, com roteiro de Etan Cohen (Não o irmão do Joel, Ethan Cohen, outro Etan Cohen, roteirista de Beavis & Butt-Head, King of The Hill, e dos ótimos Idiocracia e Trovão Tropical) e dirigida novamente por Barry Sonenfeld, um alienígena preso por K em 1969 após uma tentativa frustrada de invadir a Terra escapa da prisão e quer vingança.
Após a fuga, Boris O Animal (Jemaine Clement, sinistramente irreconhecível sob uma ótima maquiagem do papa Rick Baker) vem à Terra e volta no tempo até 69 para matar K antes que ele possa prendê-lo e frustrar seus planos. Ao fazer isso, Boris cria uma fratura no tempo, percebida unicamente por J, que se vê obrigado a perseguir Boris até 1969 e impedí-lo de matar seu futuro parceiro e destruir o planeta.
E aí está o grande fator "refresh" do filme. Em 1969 (Uma ambientação repleta de aliens retrô e com direito até a participação especial de Andy Warhol, o Agente W interpretado por Bill Hader) J se vê obrigado a trabalhar junto com uma versão mais jovem de K (Josh Brolin) para impedir os planos de Boris enquanto salva seu mentor.
Will Smith não é um super astro à toa, ele consegue segurar um filme nas costas na base do carisma e talento, Tommy Lee Jones, nesse filme mais coadjuvante do que nunca, sempre é competente (Menos em Batman Eternamente), mas quem rouba a cena é Brolin. O ator recria os trejeitos a voz e o jeito de falar de Tommy Lee Jones com tanta perfeição que a (ótima) maquiagem que altera suas feições para torná-lo mais parecido com o K titular vira acessório de luxo. Outra adição maneira ao elenco é a agente O, interpretada por Emma Thompson (gatona)na versão 2012, e por Alice Eve (Gatinha) na versão 1969.
MIB³, porém, não não é um filme que vá permanecer na memória da audiência, embora não seja esquecível como seu megalomaníaco antecessor, carece de qualidades pra ser lembrado como foi o primeiro filme da franquia, ainda assim, embora tenha um final excessivamente emotivo, funciona, e, se não vingar como grande produto cinematográfico, ao menos será uma Sessão da Tarde bem maneira.

"Eu te prometi os segredos do universo, nada mais."

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