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terça-feira, 4 de junho de 2013

Resenha Cinema: Se Beber Não Case - parte III



Em 2009 as comédias desbocadas estilo "bromance" fora chacoalhadas pelo sucesso absurdo de Se Beber Não Case (Tradução completamente imbecil para "The Hangover", no orginal A Ressaca).
Se Beber Não Case era uma comédia histérica, desbocada, politicamente incorreta, e acima de tudo, engraçada, o elemento mais importante da comédia, no final das contas.
O sucesso do filme, dirigido por Todd Phillips e estrelado por Bradley Cooper, Ed Helms, Justin Bartha e o demente (no bom sentido) Zach Galifianakis, que mostrava três amigos que após uma festa de despedida de solteiro acordavam da maior de todas as ressacas sem lembranças da noite anterior, num quarto destruído do Caesar's Palace sem nenhuma pista de onde tinha ido parar seu amigo Doug, o noivo, foi tão grande que, em 2011, o longa ganhou uma continuação, Se Beber Não Case - Parte II, outro grande êxito de bilheteria, embora tenha sido um filme sem o mesmo brilho do primeiro junto à crítica, incomodada com alguns aspectos politicamente incorretos do longa (estranhamente uma das qualidades do filme original), e mesmo junto ao público, provavelmente aborrecido pela repetição da trama (Acordar desmemoriados às vésperas de um casamento com um membro do grupo desaparecido).
Um terceiro capítulo (justificado pelos bons números da segunda parte nas bilheterias à despeito das críticas) não poderia, de forma alguma, ser construído de novo sobre o formato de comédia quebra-cabeças. E, por sorte, isso não acontece.
Se Beber Não Case - Parte III começa com uma rebelião em um presídio tailandês, e a fuga do presidiário Leslie Chow (Ken Jeong).
De lá, corta pra uma estrada nos EUA, onde Alan (Zach Galifianakis) roda feliz da vida após ter comprado uma girafa.
A viagem de Alan termina com um acidente violentíssimo, um animal selvagem morto, e horas de estrada fechada, além de muita incomodação pro pai de Alan (Jeffrey Tambor), que acaba morrendo devido ao estresse.
A escalada do comportamento despirocado de Alan leva a família do pirado a estabelecer uma intervenção, para convencê-lo a voltar a tomar seus remédios, e se internar em uma clínica.
Alan concorda, contanto que os responsáveis por levá-lo sejam seus amigos da alcateia. Stu (Ed Helms), Phil (Bradley Cooper), e seu cunhado Doug (Justin Bartha), que concordam.
O que deveria ser apenas uma viagem tranquila acaba em um sequestro violento, onde os amigos são levados pelo Doug preto (Mike Epps) à presença de Marshall (John Goodman), um mafioso que foi roubado por Mr. Chow, e quer seu ouro de volta.
Ele sequestra o Doug branco e dá um ultimato à alcateia:
Encontrar Chow, ou Doug morre.
Aí começa a corrida contra o tempo dos amigos, não para descobrir o que fizeram na noite anterior, mas sim para saber onde anda o mafioso asiático mais perigoso dos EUA. Uma corrida que os levará do México até Las Vegas, para terminar suas desventuras exatamente onde tudo começou.
É bacana o terceiro Se Beber Não Case.
Ele perde um pouco da sua graça histérica, principalmente comparado ao primeiro longa, e usa mais a comédia de desconforto do que o non-sense, que ainda tem espaço apesar da sobriedade do grupo durante todo o filme, que ainda faz rir.
Todos os personagens dos filmes anteriores voltam, incluindo as esposas do grupo, o pastor que realiza do casamento de Stu e Jade (Heather Graham), e a própria Jade, com seu filho Tyler/Carlos.
Mas pra variar, Mr. Chow rouba a cena, especialmente porque aparentemente o grupo principal se cansou dos seus personagens, especialmente Cooper e Helms, deixando espaço pro violento, viciado e sexualmente ambíguo criminoso internacional brilhar.
Ainda assim, Se Beber Não Case - Parte III é uma boa comédia, e um fecho decente para as desventuras do bando.

"Tudo termina essa noite."

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