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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Resenha Série: O Mandaloriano, Temporada 1, Episódio 5: Capítulo 5: A Pistoleira


Meus sentimentos com relação ao quinto episódio (ou capítulo...) da primeira temporada de O Mandaloriano são conflitantes, pra ser bem honesto...
Eu mantenho que a série é a melhor coisa que aconteceu em Star Wars desde A Vingança dos Sith (seguida de perto por Jedi: Fallen Order, que eu terminei de platinar no último sábado.), mas a verdade é que A Pistoleira é um episódio memorável por diversas razões, e um episódio reprovável por outras tantas...
O primeiro segmento da série que não é escrito por Jon Favreau, mas por Dave Filoni, veterano de todas as séries animadas de Star Wars desde The Clone Wars, que também dirige o episódio, começa mostrando que Mando não está com a vida mansa.
Sendo perseguido por outro caçador de recompensas em pleno espaço, o protagonista prefere arriscar a integridade física de sua espaçonave a permitir que um concorrente o capture.
Os danos à Razor Blade, porém, o forçam a procurar abrigo no planeta mais próximo, no caso, Tatooine (então, não. O planeta onde Mando resgatou o bebê Yoda não era Tatooine, e os Jawas realmente andam por toda a parte nessa galáxia).
Lá, no espaçoporto de Mos Eisley, que outrora já foi a mais miserável colmeia de escória e vilania da galáxia, mas que mudou bastante nos anos após a dissolução do Império. O que não mudou foi o espaçoporto redondo onde Mando deixa a Razor Blade sob os cuidados de Peli Motto (Amy Sedaris), com a advertência de que ela não empregue dróides na manutenção.
Se o espaçoporto de Mos Eisley continua igual, o mesmo não pode ser dito da cantina onde C3P-O e R2-D2 foram barrados alguns anos atrás. Hoje tocada exclusivamente por dróides, o local parece bem menos concorrido e consideravelmente mais tranquilo, especialmente após Tatooine ter sido, aparentemente, se livrado de qualquer presença imperial, e estar até mesmo fora da jurisdição da Guilda dos Caçadores de recompensa.
Isso não impede, porém, que Mando encontre o jovem Toro Calican (Jake Cannavale), aspirante a caçador de recompensas que abocanhou um trabalho maior do que pode mastigar, a captura da perigosa mercenária Fennec Shand (Ming-Na Wen), ex-operativo a serviço de diversos sindicatos do crime, incluindo os Hutts, e cuja entrega pode ser o passaporte do rapaz para a Guilda.
Precisando desesperadamente de dinheiro para o conserto da Razor Blade, Mando concorda em se unir a Toro para capturar Shand, numa perigosa missão que os levará ao coração do deserto de Tatooine e os colocará na mira de uma perigosa assassina.
Conforme eu disse lá no início, meus sentimentos com relação a A Pistoleira (ou O Pistoleiro, não sei ao certo se o título se refere à Fennec ou a Toro...) são conflituosos. De positivo o capítulo tem uma série de referências à trilogia clássica e à trilogia prequel, da ambientação em Tatooine recriada à perfeição para a série, os dróides pit série DUM que trabalhavam com Anakin na oficina de Watto, passando pelos lagartos Costas de Orvalho e até frases inteiras que remetem a capítulos da saga espacial mais amada (e vilipendiada) da história da cultura pop.
Entretanto, há muitos aspectos negativos nesse capítulo, também.
O principal deles é que, ainda mais do que Santuário, A Pistoleira tem uma cara danada de filler. Porque em Santuário nós vimos um pouco mais sobre quem é O Mandaloriano além de seu gingado e recursos. Nós tivemos um vislumbre do passado do anti-herói, o vimos ser tentado por uma vida tranquila no idílio das fazendas de camarão com uma bela viúva, e vimos o tamanho de sua preocupação com a criança que traz consigo. Porém, os trinta e cinco minutos de A Pistoleira, por divertidos que sejam, não fazem nenhum esforço para movimentar a trama da série sequer um milímetro adiante, exceto, talvez, pela derradeira cena do episódio que poderíamos considerar como a introdução de um personagem que será importante nos três episódios restantes se víssemos mais do que apenas suas botas na areia do deserto...
Se fosse para definir esse episódio em uma sentença, eu diria que foi um bom filler, mas filler.
E eu espero, francamente, que com apenas mais três episódios, ou menos de duas horas, Favreau e cia. não transformem O Mandaloriano em uma série morna após terem começado tão, tão bem.
Vamos esperar pra ver.

"-Eu posso te levar quente, ou posso te levar frio...
-Essa fala é minha."

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