Pesquisar este blog

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Resenha Cinema: O Último Mestre do Ar


Foi meio no susto que ontem fui ao cinema assistir O Último Metre do Ar, adaptação do desenho animado Avatar, da Nickelodeon, que perdeu o nome por causa dos Na'vi de James Cameron.
Não sou fã de animações nem em longa metragem, imagine, então, de animações em série? Não gosto de animes, imagine, então, de um desenho norte-americano fingindo ser um anime?
Mas gosto de M. Night Shyamalan, o diretor de ascendência indiana que realizou filmaços como O Sexto Sentido, Sinais e Corpo Fechado (meu preferido na filmografia do cara.), além de bons filmes como A Vila, e o espinafrado Fim dos Tempos (Sério, ainda não sei por que detestaram tanto o filme. A sequência na casa da velha eremita quase me matou de tensão quando assisti.), e, pra mim, só tinha errado mesmo a mão em A Dama na Água.
Fui, então, munido de alguma curiosidade acadêmica ver o seu primeiro trabalho com um roteiro adaptado, e, bom... Não foi o pior dos resultados, mas também não foi dos melhores.
No filme conhecemos a realidade do mundo dos Avatares, onde algumas pessoas nascem com o dom de controlar um dos quatro elementos. Essas pessoas são chamadas de dobradores. Os dobradores vivem divididos em nações, e essas nações viviam em harmonia com o mundo e umas com as outras graças ao Avatar, uma pessoa capaz de dobrar os quatro elementos. O avatar dessa geração, contudo, desapareceu muitos anos atrás, com sua ausência, a Nação do Fogo passou a dominar o mundo através da opressão, obrigando os povos dos demais elementos a viverem econdidos ou isolados e proibindo os dobradores de usarem seus dons.
Pessoas como o povo da água do sul, tribo com uma única e inexperiente dobradora, Katara (Nikola Peltz, de atuação fraquinha), que caça com seu irmão, Sokka (Jackson Rathbone, um jovem canastrão) quando encontra um menino envolto em gelo.
Ele é Ahng (Noah Ringer, esforçado), que é um dobrador do ar, o Avatar dessa geração, e passou os últimos anos congelado. Uma vez desperto, Ahng passa a ser alvo da nação do fogo, que quer impedí-lo de usar seus poderes e reequilibrar o mundo, do príncipe renegado Zuko (Dev Patel, de Quem Quer Ser um Milionário), que precisa capturar Ahng para provar seu valor e retornar ao convívio de seu pai, o senhor do fogo Ozai (Cliff Curtis), e das esperanças de todas as nações, ao mesmo tempo em que aprende a manipular os demais elementos e a aceitar seu papel e descobrir seu lugar no mundo.
Agora, falando sério, viu quanta informação tinha nessas últimas linhas? É muita coisa pra saber e muito personagem pra conhecer em menos de duas horas de filme.
Tudo acontece rápido demais e, ainda assim, em alguns momentos, o filme se arrasta. Os personagens surgem em cena vomitam um monte de informações e somem, alianças são formadas, amores jurados, sacrifícios feitos e não tem peso nenhum pois não houve tempo para se afeiçoar aos personagens.
As atuações de alguns dos atores não ajudam, Noah Ringer se esforça, e não estraga o filme, Dev Patel faz um príncipe Zuko bem intencionado, e Shaun Toub, como o tio Iroh é a melhor coisa do filme, os demais membros do elenco, porém, especialmente Nikola Peltz e Jackson Rathbone, têm atuações que ficam entre péssimas e insossas.
O didatismo excessivo espalhado pelo filme não ajuda, e o fato de O Último Mestre do Ar querer passar uma mensagem zen de não-agressão o tranforma em um filme de ação onde a ação, muitas vezes, acaba na ameaça, tudo isso embalado em um 3-D que não diz á que veio.
Há de positivo as belas coreografias de artes marciais combinadas com a manipulação do elementos, efeitos visuais bastante competentes (O que, se não chega a ser uma novidade em termos de blockbuster hollywoodiano, certamente o é no tocante a filmografia de Shyamalan), mas no final das contas é pouco pra segurar a peteca e garantir a sequência que o filme termina louco pra encarreirar.
Uma pena, pois conforme somos bombardeados com informação, percebemos todo o potencial que O Último Mestre do Ar continha, e não deixa de dar um pouco de pena de a ideia ser mal executada.
Melhor sorte na próxima, Shyamalan.

"Ele começará a mudar corações. E é no coração que todas as guerras são vencidas."

Um comentário:

  1. coincidência, eu também não sou chegada em animações e muito menos em anime, credo.
    Corpo Fechado é uma homenagem aos fãs de HQs é ótimo, mas ainda fico com o Sexto Sentido em primeiro lugar na minha lista!
    Shyamalan foi um grande realizador, eu gosto tanto dele que até entendo sua intenção com a Dama Na Água , depois que se assiste aos extras você vê que a intenção do cara era fazer uma fábula infantil sabe? Tá, é uma bosta de filme, mas sei la rs....
    Eu sabia que esse filme não ia prestar, mas ainda não perdi as esperanças com Shya, ainda acho que sai limonada desse limão.

    ResponderExcluir