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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Rapidinhas do Capita


Acho que eu tinha nove anos... É, nove. Estava na terceira série, e, no fim do ano, mostrei em casa um boletim praticamente perfeito, exceto por um 9,5 em matemática no terceiro bimestre. De resto, só dez, escrito por extenso pela professora, com letra emendada e tal... Dez.
A primeira e a segunda série também haviam sido assim, e a maior parte da quarta série, também. Eu ainda não sabia, eram minhas pequenas conquistas pessoais, com nove anos. Eu era um baita aluno. Era aquilo em que eu podia ser bom com nove anos, afinal de contas...
Eu me lembro do calor, quando eu saí da escola, e de mostrar, orgulhoso, o boletim pro meu pai.
E me lembro de ouvir um discurso sobre como eu estudava pra mim, e não pra ele.
Não deixa de ser verdade... Nós estudamos para garantir o nosso futuro, afinal de contas. Mas quando temos sete, oito, nove, dez, onze ou doze anos, não temos essa perspectiva. Essa noção nos escapa, nós estudamos porque temos que estudar, nossos pais no avisam que vamos pra escola, na escola os professores nos avisam que vamos aprender coisas, e depois nos testam pra ver se aprendemos de fato, mas até a gente descobrir, de fato, que tudo isso é pra nós, vai um período. Pelo menos foi assim pra mim.
Aliás, eu nunca fui, orgulhosamente mostrar meu boletim pros meus pais pensando "vejam que notas boas tirei pra vocês". Não... Eu apenas estava mostrando que era bom naquilo que eles tinham me obrigado a fazer. Estudar.
Aquilo me marcou. O discurso do "Tu estuda pra ti, e não pra tua mãe e pra mim". Mas, nos meus nove anos, aparentemente eu relevava mais as coisas. Com dez, primeiro ano com língua estrangeira na escola, aprendi o alfabeto em inglês. Sabe como é... O mesmo daqui, mas com algumas letras a mais e as letras pronunciadas como os norte-americanos fazem:
Ei, bi, ci, di, i, ef, gi, eige... Esse alfabeto. Aprendi de prima. Tudo me veio fácil, e eu achei muito maneiro, sempre gostei de línguas, e com dez anos, sabendo o alfabeto em inglês após apenas uma aula, e sem saber que provavelmente todo mundo tinha feito a mesma coisa, me sentia um verdadeiro lexicólogo poliglota.
Mais tarde naquele dia, indo ao mercado com meu pai, comentei que tinha aprendido o alfabeto em inglês e comecei a declamar, mas antes de chegar ao agá, que me deixava, por alguma razão, particularmente orgulhoso, ouvi um "Eu não tenho interesse em aprender isso.". Ainda me lembro de, antes de deixar que reinasse o silêncio, ter dito baixinho o "eige" que me enchia de orgulho....
Não sei porque me lembrei disso, ontem à noite, enquanto andava na rua com o meu cachorro... Talvez porque, excetuando-se a morte de pessoas que eu tinha como caras a mim, esses tenham sido alguns dos momentos mais marcantes da minha infância. Foi provavelmente aí que eu resolvi que não podia contar com meus pais pra determinadas coisas, e excluí eles de diversos âmbitos da minha vida.
Talvez não tenha sido tão traumático... Na época não pareceu grande coisa. Manter as coisas pra mim nem sequer foi uma decisão consciente, mas apenas uma consequência. Minha mãe tinha um bebê novo em casa, minha irmã era pequena, e meu pai não ligava pras coisas da minha infância, então...
Não sei porque me lembrei disso. Não sei, mesmo.

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Anthony Mackie apareceu no set de Capitão América - O Retorno do Primeiro Vingador caracterizado como o super-herói Falcão.



O ator aparece vestindo um uniforme que lembra o da versão Ultimate do herói, e ainda sem as asas, que devem ser adicionadas digitalmente na pós-produção.
A Fase 2 do Universo Marvel, que além das sequências dos filmes solo dos heróis de Os Vingadores expandirá o universo Marvel nas telonas apresentando diversos novos personagens, como Falcão, Homem-Formiga, o Soldado Invernal e os Guardiões da Galáxia culminando com Os Vingadores 2 segue a todo o vapor.
Ah, Kevin Fiege, presidente dos estúdios Marvel garantiu em entrevista que o Homem de Ferro estará em Os Vingadores 2, mas que a Marvel ainda não pensa em Homem de Ferro 4.
Pois é... O salário de 50 milhões de Robert Downey Jr. deve estar começando a pesar no orçamento da Marvel.

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Pôster novo e bacana de O Homem de Aço.



O filme que reconta a origem do Superman dirigido por Zack Snyder estréia aqui com quase um mês de atraso com relação à estréia nos EUA, em 14 de junho.
Ainda assim, vai ser um presentão de aniversário pra quem sopra as velinhas em 12 de Julho.

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