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sábado, 18 de maio de 2013

Resenha Blu-Ray: Jack Reacher - O Último Tiro



Na madrugada de ontem assisti em um serviço de aluguel digital de filmes à esse Jack Reacher - O Último Tiro., filme que leva ao cinema Jack Reacher, longevo personagem literário criado por Lee Child, e que estrelou 14 livros (Dos quais apenas quatro foram lançados no Brasil), que é desses personagens estilo herói misterioso, durão, frio e imbatível. Ex policial do exército, investigador brilhante, e herói de múltiplas condecorações. A despeito de ser retratado na literatura como um gigante de 1,98 metro, que pesa mais de cem quilos, com cabelos loiros e olhos azuis, em celuloide Jack teve que se contentar com o modesto 1,72m de Tom Cruise, que se esforça pra tornar atraente ao público um personagem que é, na melhor das hipóteses, antipático.
Jack Reacher - O Último Tiro começa com os créditos mostrando a preparação de um franco-atirador. O sujeito fabrica suas próprias balas, alinha seu rifle, e entra em sua van para ir até um prédio de estacionamento.
De lá, ele alveja cinco pessoas a esmo, matando todos, e então foge.
A investigação da polícia, liderada pelo detetive Emerson (David Oyelowo) encontra diversas evidências que apontam para um suspeito óbvio:
James Barr (Joseph Sikora), ex-franco atirador do exército.
Após ser preso, Barr recusa-se a falar. Mas escreve um bilhete onde diz: "Tragam Jack Reacher".
Com a repercussão do caso na mídia, Reacher fica sabendo da prisão de Barr, e imediatamente vai até o suspeito. Ao encontrá-lo, porém, descobre que Barr está em coma após ser atacado por outros prisioneiros.
Inicialmente convencido da culpa do réu, Reacher, que investigou um atentado semelhante cometido por Barr enquanto este servia no Iraque, é convencido pela defensora do ex-militar, Helen Rodin (A gatíssima Rosamund Pike), a descobrir porque seu cliente clamaria pela presença do sujeito que o processou anos antes, no exército.
Começa aí a investigação que levará o caminho de Reacher a se cruzar com uma conspiração recheada de ex-militares, assassinos, policiais corruptos, traficantes e encabeçada por um chefão criminoso conhecido apenas como "O Zec" (O cineasta Werner Herzog).
Como eu disse, a grande missão de Tom Cruise na pele de Jack Reacher, é convencer a audiência a gostar de um personagem que, não só incorre em todos os clichês do anti-herói fodão (Andarilho sem documentos que não pode ser rastreado, briga bem, atira bem, dirige bem, antevê os movimentos dos adversários, não blefa e gera suspiros de todas as mulheres que cruzam seu caminho) como ainda se torna mais antipático porque sabe que é mais fodão que todo mundo. Cruise até sucede. É um intérprete talentoso e esperto, tem um carisma muito evidente, e boa mão pra ação, nesse sentido, a marra de Reacher acaba se tornando um acessório divertido para o personagem anacrônico (Reacher poderia ser o Dirty Harry de Clint Eastwood, ou o Marion Cobretti de Stallone, de tão típica que é a sua verve oitentista).
Christopher McQuarrie, diretor e roteirista do longa segura a peteca no quesito ação, e trabalha com um elenco competente que conta, além de Cruise, Pike (E as pernas de Pike, e os seios de Pike, e o narizinho de Pike, e as sobrancelhas de Pike...), Herzog e Oyelowo, com Richard Jenkins, Jai Courtney e Robert Duvall.
Jack Reacher - O Último Tiro, deve ter sido um bom programa no cinema, mas em casa, com uma Coca-Cola e um Chocolate embaixo das cobertas, fica ótimo. Certamente vale a locação.

"Tem esse cara. Ele é tipo um policial, ou costumava ser. Ele não liga pra provas, não liga pra lei. Só pro que é certo. Ele sabe o que eu fiz. Você não pode me proteger. Ninguém pode."

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